Urubu Cultural

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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A ventura da desilusão

  Ó venturosos dias da minha infância, por onde andam vocês agora?!
Despedaçados contra os rochedos, inexoravelmente fleumáticos da vida adulta, manancial de desgraças e desilusões contínuas. Onde estás, ó esperança reconfortante! Onde estão os braços maternos agora? Desgasto-me com demasiado beber, com demasiado fumar, benditos venenos, que ainda me trazem vivo.
 Apesar de tudo, estar vivo é melhor que estar morto, é uma ocorrência fantástica, temos dois caminhos a escolher, é simples como uma conta de somar: ou se morre, ou se sofre. Eis o que a maioria das pessoas não quer compreender. São as regras deste jogo marcial, que é a vida. A loucura, não é mais que a rejeição das regras, não é ao acaso que esta nos conduz à morte!!
 Onde estão os dias radiosos da minha juventude, em que tudo era belo, puro e diáfano, como o amor entre mulheres, onde está a cálida sensação, de que há sempre um amanhã? Agora tudo é fealdade, pestilência e morte.

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