Urubu Cultural

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Nenuco, o eunuco

Nenuco, era um eunuco muito boa pessoa, comia sandes de atum com pepino, atum Bom Petisco, a carne do mar.
Na corte chinesa do século dezanove, Nenuco gostava de cheirar rapé e preparar o cachimbo de ópio para a imperatriz Lin-Pó-Pó. Nenuco mantinha uma vasta colecção de peluches, representando animais, em cima da sua colcha de patchwork; os seus preferidos eram os pandas, perfumava-se constantemente, a ele e aos pandas, com perfume Chanel número cinco, que sorrateiramente surripiava à imperatriz, que lhe dava comida e agasalho no inverno. Era um filho da puta ingrato o Nenuco.
Nenuco também não cria no Pai-Natal, figura odiosa e que mais tarde, conjuntamente com o tio Sam, viria a representar dois inimigos da China comunista, porém, ainda era demasiado cedo para a chegada dos vermelhos. Nenuco hoje almoçou sozinho uma posta de cherne na grelha, e descobriu que sofria de depressão unipolar com tendências esquizóides. O psiquiatra do império chinês também diagnosticou acessos de mania na imperatriz. Na corte chinesa Nenuco matava o tempo livre a ler livros de Corin Tellado, no telhado do pagode.

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