Urubu Cultural

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sem título

Não adianta confrontar Marx e Proudhon, como se fossem dois lutadores rivais, pois não pode existir progresso se, individualmente, não tomarmos consciência do nosso papel na sociedade, bem como de que lado estamos. A nova ordem para os séculos e milénios posteriores: é substituir a igreja pela biblioteca. Só depois se pode discutir, efectivamente, uma forma de organização social.
Não sou um poeta, não sou um esteta, sou um atleta. Vendo bananas na madrugada, como quem chama por mim, um chamamento distante, que distrai a mente. É um carimbo sem cachimbo, é uma estátua equestre sem cavalo; é o que é. Estou aqui desejoso por voar, sem parar, sem cessar, até acho que estou a rezar, ajoelhado ante um altar de vício, perfídia e luxúria, integrantes do ser eterno que é o homem-espacial sem rótula dos joelhos.
Enquanto não preencher as páginas em branco da minha vida, não tenho descanso, nem pensos-rápidos; pois abuso da hospitalidade alheia, caseira. Pareço a corda de um violino a chorar no hospital, para refugiados fugidos da República do Biafra. Há tanta coisa possível de se imaginar, que podia escrever sem parar. Podem me comprar muita coisa, menos a minha imaginação; isso não! Nem moldá-la tão-pouco!

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