Urubu Cultural

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Geringonça

Ao pai ensina-se o espírito-santo, a rezar. Ao filho ensina-se que as pichas não são para meter no cú, sem champô do avô voador que pica o pica-pau sem cessar, e a erva que cresce sobre a fronteira necessita de ser plantada incessantemente pela bota cardada que come gemadas ao pequeno-almoço doente sem dente, transparente como um insecto hemióptero voador prestável à dor. A injecção no insecto foi sem sucesso, não surtiu efeito nenhum, bocejo, solfejo. A poesia é uma doença para a qual ainda estão a desenvolver a cura, vacina retro-viral em agulha de cristais da Boémia, natural dos Açores o Pauleta joga à bola, é natural como cagar no mato de cócoras com a barriga toda tesa e os monges a voar e a cantar, enquanto cheiram a nossa merda e a comparam à do velho papa, que sentado na sua sanita, vomita sem parar impropérios próprios da idade, que a amizade já não mitiga, castiga, ao invés de tudo o mais. Sou de cristal natural, sem sebo nas orelhas solfejo mais uma vez, toco acordeão sem graça, conto anedotas ao palhaço que ri, o macaco diz-me assim: «Quero ser teu amigo por favor ursinho peludo sem pentelhos e terçolhos, usa entrolhos, que te satisfazem bastante, constante em Diário da República de mil novecentos e oitenta e três, ano do eufórbio, da grande República da China, que previne atentados à bomba, antes mesmo destes sequer existirem. Sem palha no palheiro o chinês não alimenta a mula, chora, chora muito, porque os atentados à bomba lhe mataram a mãe sem coração, que tinha um bypass gástrico no estômago que a fazia sofrer sem parar, crescia desmesuradamente a fome no deserto Sara, onde ambos viviam e descansavam das longas horas a jogar dominó e à bola, nas dunas movediças da minha paixão, imaginação».

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