Urubu Cultural

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cavaleiro

A decadência marginal, em que se encontra à beira a nossa sociedade, é demasiado jactante, para que possa sequer ser concebida por um elefante, a jacto movido. Moído, como um queijo, ou café ralado, não é de facto uma condição, que seja própria ao ser-humano (quanto a esta última expressão, é demasiado vaga, para que se possa alcançar, um que seja, significado cem por cento consensual). A metafísica do desejo, não substitui o amor, e todas as características, a esta abstracção inerentes. A boca sabe-me por demasia a aguardente, embora seja a cerveja, a predilecção, perdição. Nunca tive um cavalo, nem qualquer equino semelhante, devido ao facto de não ter ido à tropa. É sobejamente conhecida a repulsa, que essa abstinência provoca nas almas mais puras, e purificadoras. A paixão de escrever, é a mesma que se tem, em reavivar traços contínuos, em uma estrada. Sobeja sempre a vontade de fazer, ou beber vodca. Como pode ser redutor, o corpo de uma mulher sem pêlos. A mulher com pêlos, é o paradigma de um olhar vazio de cego, que se mira no espelho ferrugento, na escuridão. Um cego que dança e espalha brasas.

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