Urubu Cultural

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O João

O João vê no chão, um valoroso cagalhão, com um saco-de-plástico reveste a mão, e coloca-o no corrimão.
A mãe do João, que de nada suspeita, ao descobrir, dá-lhe um sermão. Lá tem que ir o João, se confessar ao padre João:
- Padre João, pequei com um cagalhão...
- Então estende a mão! – ordenou, imperativo, o padre João
E zás, zás, zás, fustigou o padre João, a mão do João, que aos berros, mandou o padre para o caralho, mesmo à porta da igreja:
- A religião é, quando se encara a arte dogmaticamente, seu paneleiro de saia rodada.
O Homem altera de tal forma a ordem natural, que permite a um rancho de formigas domésticas, devorar implacavelmente o corpo de um jovem besugo, esquecido no passeio, antes de um baldio na cidade. Cuspir cagaitas, é um passatempo extremamente interessante. Gosto de cuspi-las no escuro, se bem que prefira fazê-lo com claridade, pois quase sempre consigo ver onde vão pousar. Quando as cuspo na treva, obviamente não sei onde aterram, se bem que a surpresa de descobrir uma cagaita colada nos sítios mais inesperados, supere essa incerteza.

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