Urubu Cultural

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sem título

Sinto uma enorme vontade, de castigar a minha mente e, consequentemente, o corpo, quando acontece vislumbrar, um seio situado entre a adolescência e a nubilidade. A perfeição de um mamilo puro, tumidez necessária para que a praça se esvazie em sangue morno, antes da chegada dos atletas, que não são estetas, são primos anões, que vêm das distância mais recônditas, de planetas diferentes, marginais, onde só existem bicicletes com pedais. É a neurose que me aflige, fuma-se mais qualquer coisa, para corromper tardiamente, o que antes não tinha necessidade de ser severamente castigado, pois ainda existia a esperança que é normal. Se assim não fosse, os nados-vivos, suceder-se-iam em suicídios continuados; sem que deus, nem ninguém, pudesse intervir, ou interceder. Assim como a mulher nasce, com uma quantidade limitada de óvulos, também eu nasci com uma quantidade muito limitada de esperança, e a pouca que me resta, é desprezada, facilmente abortada. Empalideço, ao considerar os que ainda julgam possível a felicidade, quimera mercantil, falso demónio; os felizes não perdem pela demora; o que está feliz por nascer, depois de alguns minutos, que digo eu! instantes... breves, pode morrer; e a família, tão contente que ia ter um menino perfeitinho, e com o desgosto, a mãe acaba por se suicidar, o pai é mais clarividente, bebe e fuma sem parar, é a tentativa desesperada do náufrago, que se tenta expiar, porque teve esperança, mesmo sabendo que estava condenado de início.

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