Urubu Cultural

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Álgebra do sistema linfático


A Revolta dos Camponeses contra os vulcões de moedas e as moscas de água originou: a mitose, na reprodução assexuada durante a dinastia Safávida. Johann Sebastian Bach, conjuntamente com Apolo Central, construiu aparelhos Mona Lisa para o boxe, entusiastas do cinema de animação, deitavam-se ao sol como uma alforreca sem bílis; a biosfera é fundamental na preservação dos bocas-de-rã, que comem os cogumelos de Otto von Bismarck e Thomas Becket, enquanto estes adoram Anúbis. Alcalóides do nordeste, detidos por Winston Churchill, geram protões na Cidade do Vaticano, daí resultando a energia cinética para os astronautas e andorinhões, irem ao Cinema Luís de Camões, ver tubarões a comer camarões assírios cor de âmbar.
            São Bernardo vende cobre durante o massacre de Amritsar, pagando-lhe em amonites e aviões, Afonso Henriques de Portugal vê-se afectado pelos campos magnéticos dos aviões, pois suas moléculas provêm do sudeste asiático. As andorinhas-do-mar nidificam em árvores caducas, repletas de aracnídeos pertencentes a Valentina Tereshkova, natural da Arábia Saudita, aprecia ângulos e insectos capturados por Sonni Ali, no arenito. Robert Goddard, ainda na Bielorrússia, deu cabo dos pulmões de Idi Amin, com seus arcos protistas, mais tarde em Pompeia, no período quaternário, na região que é hoje o Mónaco e Quirguistão, capturou um quetzal dos glaciares do período Pré-câmbrico, não resistindo este às reacções químicas, do ballet dos automóveis. Um rádio imita aves-de-caça, aves-de-rapina e Michael Romanov, tocando instrumentos de percussão nas asas-deltas, voando ao sabor dos elementos, sobre a guerra dos Balcãs.
         Várias amibas habitam o solo da taiga sem som, onde se pratica o budismo zen, em estreita relação com a Estrela Polar no Azerbaijão. A selecção de râguebi tem a luz de Mohandas Gandhi, e Abel Tasman, de Ferrari, usufrui de telecomunicações, para falar aos seus camaleões, através de uma gravação de som relativa à geometria do sultão Solimão I, agarrado a estalactites e estalagmites, sem ADN, nos barcos que carregam berilo por entre as morsas de Margaret Thatcher; a arquitectura das suas amígdalas beneficia, com a apatite das amêijoas habitantes em gargantas submarinas. Girinos em movimento circular, são estudados por John Ball, a sua evolução na Bósnia-Herzegovina dos Pós-Impressionistas, adeptos de jogos com bola e taco do Benim, sólidos como buracos negros do budismo, fê-los migrar para noroeste com os aborígenes, primos de Yuri Gagarin, mais exactamente para a Albânia, onde prestaram culto a Bastet. Já na Arménia, múltiplos parasitas infestaram Charles de Gaulle, que via passar cometas pelo canal alimentar de Berlim; eis que estala a guerra dos Bóeres no Império Bizantino, por causa de um topázio, disputado num desafio de squash, e noutros jogos com bola.
         Sob as cúpulas do teorema de Pitágoras, esvoaçam baratas do Burkina. A plataforma continental, encontra-se repleta de gramíneas e bivalves. Os seus genes e hereditariedade, expelem ácido carbónico para cima dos Astecas nas Baamas, avariando assim, o seu aparelho de Golgi. Estes animais produzem arte para o imperador Augusto, domador de baleias em Angola, mestre de artes marciais e lançamento do dardo, chegou a campeão no próximo oriente; seu camarada Pompeu, comprou um escolecito aos escaravelhos das Comores, que lhe permite detectar o espectro electromagnético da reforma. No colo aninha rãs e sapos do Egipto, todos estes elementos têm mitocôndria. Karl Benz, benzeu os Hititas e um homem pré-histórico em Espanha, não considerando o bioma da Birmânia e do Djibuti, onde os protozoários dos intestinos dos merychippus, provocavam reacções endotérmicas nos Emiratos Árabes Unidos
         É preciso espaço no Qatar, bem como, energia, energia cinética da Guatemala, onde os jogos de raqueta e a patinagem, durante o levantamento da Páscoa, libertem pólen sobre o Large Array no sol, através de raios X e/ou raios ultra-violeta. Os rádio-telescópios monitorizam bandos de petréis, sobrevoando as pirâmides de dióxido de carbono, onde dinossáurios em partículas derrubam o muro de Berlim. Computadores provocam a polinização dos eohippus, recorrendo à arte vídeo no epicentro da epiderme do Equador, onde peixes ósseos do Paraguai, libertam partículas subatómicas por sobre Bartolomeu Dias. O imperador Diocleciano do Peru, deu um passou-bem a Ronal Reagan, maculando-lhe a pele.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Fogo Fálico


De teus iridescentes lábios
Cospes um fogo fálico
Que te percorre as carnes
Apoderando-se de ti
Em fina e extasiada petulância
Envolto em teus voluptuosos
E carnudos limbos

As chamas que te invadem e percorrem
Envolvem-te os róseos mamilos
Trepando em acelerada libido

O fogo fálico a silvar
Em devoradores anelantes
Clama o incessante exalo
Que agora pende intransigente

Encaminha-se furioso
Ao exigir transpor
A fronteira do deleite

De tua prateada cintilante vulva
O fogo fálico relanceia
Em cruciantes gemidos afogueados…
És agora cinzas…

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Astrologia automóvel


Um ângulo amortecedor é o comando do ar, de um carro veterano, com motor de quatro tempos e travões antibloqueio, sem suspensão, mas simbólico da astrologia chinesa. O signo masculino sofre de sobrealimentação dentro do concept car; o prognóstico do sol nascente é a oposição ao nodo da lua, com chassis no meio do céu, perto da zona de deformação do RV. Conforme as directrizes da ergonomia em cruz, foi personalizado, transformado num quatro vezes quatro, de cambota especial para o raid, embora lhe falte o conversor catalítico, bem como, as notas de navegação. O sistema de ignição forma um eixo, como o horóscopo de estrutura inferior, do signo do motor em v compacto.
         O airbag da terra está fixo num círculo em sextil, de cremalheira cardinal comedora de pinhão, que me elabora uma carta astrológica, desrespeitadora da astronomia com árvore de came. É de qualidade superior à da astrologia natal. Bebo água com uma fórmula diferencial cúspide, relativa à quadratura do ar das casas, representativas do arquétipo descendente e de mutável aspecto, na astrologia de sistema de casas do carro de colecção.
         O signo feminino é uma constelação submetida ao TMG ascendente, repousante nas boxes em conjunção com a embraiagem dos descapotáveis, formando um crescente glifo nos travões de tambor modificado do signo do sol… sem spoiler, sem fogo planetário… A borboleta, é o elemento primário do CV. Envolta num baquet, vendeu os travões de disco e o carburador, após uma injecção de combustível, prevista na astrologia mundana eclíptica.
         A governação do imum coeli chegou ao planeta, estendendo-se a toda a esfera celeste, assinalaram-se efemérides concernentes ao ciclo da astrologia horária, de determinado grau.

Dino Meira XXI


De Marte até à Terra, o imigrante Terrestre, vai dizendo para a patroa, cada vez estou mais feliz, já cá estamos outra vez. Se desse para cá viver, se desse para cá morar, ai se soubesse! Ai se soubesse! Ficava no meu planeta se a vida cá melhorasse, ai se soubesse, ai se soubesse… Não voltava para Marte, ai que saudades das festas e romarias, dos meus amigos que um dia cá deixei. Porque lá fora as amizades são estranhas, há bem poucas alegrias, para quem tanto trabalhou. Volto para lá, regresso para cá e ando sempre nisto, para saber o que isto dá; dança-se o bailinho corridinho e o malhão... Olha, ao menos isso, para alegrar o coração! Ai que saudades: dum cozido à Terrestre, duma febra sobre a mesa, caldo verde a fumegar; porque em Marte, estando frio estando vento, traz a noite pensamentos, saudades do teu lugar. Se desse para cá viver, se desse para cá morar… Ai se soubesse, ai se soubesse…

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Gestão de Processos

 Cavalos negros agressivos, alados de branco. Encaixam traves ou barrotes, numa casa labiríntica onde me encontro, e de onde não consigo escapar.
 Uma joaninha, do tamanho de um ouriço-cacheiro, que eu exibo, foge, mais tarde, para dentro da piscina da dona Fernanda.
 Um lagarto labrego, lambeu livremente o livrete de Lúcio Lima; «Não o devia ter desviado por divertimento.» declarou o Diabo. E choveram choros, cheios de choro, de chorrilho, na chocha de Xana Ximenes, amiga de Lúcio Lima, que castiga com a cantiga, sobre certa formiga, que fumiga sem fadiga, cantando o fado:
 - Sempre fui mal amado...
Indesejado, digo eu..., desajeitado, programado, desavisado, pisado, amolgado, enfim...
 O cemitério da minha cidade, é sobrevoado por: gaivotas, rolas, melros e pardais, ou quem sabe, outros que tais. Uma gaivota, pousada na cabeça de um anjo de pedra, faz com que este sinta vontade de voar. As rolas não deviam estar no cemitério, ao contrário dos melros, vestidos a rigor, mas sem bico, fulvo de vigor. Os pardais, devem esquadrinhar imperativamente, os intervalos entre campas (o cavador, devia também poder voar, mas em lugar de asas, duas enxadas agitar). O cemitério está vago de mochos e corujas
 Teodora, a heroína desta história, nunca foi, ou irá jamais, ao cemitério da nossa cidade. Dependeu, em tempos, de substâncias estupefacientes. Deita pensos higiénicos usados, em locais proibidos ou impróprios, para esse efeito.
 Que giro o meu processo! Gira sem parar, até se deparar com uma mulher com sandálias abertas à frente mas, com os dedos aquilinos e demasiado longos, para que possa usar o tipo de calçado supracitado, de modo estético. Parece um gladiador romano.
 Outra fulana, de visagem displicente, é detentora, efectivamente, de uma tatuagem no pé direito, as pessoas inestéticas, deveriam ser interditadas de deter tatuagens; a sua simulada simpatia e juventude mal fingida, enojam-me. À primeira vista, parece-se com alguém que vive numa habitação de taipa, no meio do mato. Chamemos-lhe Otília Bertrand. Ambas as mulheres aqui já referidas, usam calçado de cor preta. Os pés da tatuada, quase de certeza absoluta, tresandam a chulézum.
 Banal e casual é o diferencial eléctrico, que me atormenta os pés às quintas-feiras à tarde, não obstante o abcesso, no céu da boca, que me canta o fado pela manhã, cheio de manhas; bule dentro de um bule de oiro (teus cabelos são meu tesoiro, à parte). Canto mijaneiras e janeiras e “marceiras”, que são cantigas cantadas em Março, tipicamente iletradas, emanantes dos peitos de duas fadas ambientais, que compram ambientadores freshmatic. Prisiunic é salsa em francês, embora as ervilhas com ovos, peçam é coentros para gargantas fundas cantarem o fado ao Zé Amado, um dos poetas, pouco estetas, que esta terra já conheceu.
 Esta epístola é para meu primo anão, que barra na manteiga o pão integral do Papa Bento XXI, de chinelas de quarto aberto «Ai Alberto, abre-me esta lata de sardinhas made in Portugal, senão, dá-me uma coisa má no coração, um ataque no miocárdio, que foi a maleita vitimadora do afamado cantor Dino Meira, que já não está à nossa beira, lamentavelmente. Acabaram-se-me as giletes ontem à noite, e o supermercado para super-heróis, encerrou mais cedo, impedindo-me de adquirir o objecto desejado e, mais uma vez, inexoravelmente me impediu de ir cantar o fado, numa casa de fados em praça pública, onde costumava discursar assiduamente, acompanhado de um calicezinho de aguardente de medronho; não, não sonho..., embelezo-me com algas que deram à costa, na praia, espalhadas no areal imenso da minha solidão sozinha, com a minha vizinha Bianca Pacheco, coxa de uma perna e cega de uma vista, atleta garantida nos jogos olímpicos de Toronto.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Bosque em Quimera


Avanço num bosque de retorcidos folículos de arvoredos indecifráveis,
Rodeados formatos de um extravagante odoroso…
Um marejado de escrivaninhas numa ladeira fornada e enfeitada de corpos a dactilografar
Páginas e mais páginas escritas e repousadas por entre a Natureza
Documentos variados e cinzas de cigarro
Não há pássaros ou animais
Meros sons a gritar na brisa
Ensurdecedores pressionares de teclas de maquinaria
Escritos e mais escritos
As árvores são palavras e as palavras transfiguram-se em letras
Aleatórias vociferadas em páginas brancas
Como uma fábrica de veloz industrialização
Os corpos dactilografam sem pensar ou ponderar
As pontas dos dedos ditam o que é dito
Já nada importa ou se reveste de pensamento
São os sonhos que vêem acariciar
Neste bosque de retorcidos folículos
Escrevem-se onirismos
Das nucas dos que escrevem caiem ramos que se interligam nas árvores
Com entrelaços de braços de imagens rápidas, mais rápidas que o vento
Tão apressada galopeia a imaginação que por vezes nem a consegue descrever
E assim as letras em nada se tornam. Nada de lógico ou compreensível.
Mas não será tudo uma mera incompreensão ilógica?
Quando as árvores cessam de alimentar os corpos de sonhos e imaginação
Agitam-se os céus e violentos sussurros abraçam páginas e mais páginas
Agora dançam esvoaçando pelos bosques, levadas não se sabe bem para onde
Absortos os corpos em quimeras, adormecem num profundo sono desperto.
Aguardam que as árvores os voltem a saciar
E o processo recomeça mais uma vez.
E assim vive este curioso bosque… onde pássaros e outros animais não têm lugar.
Somente escrivaninhas e máquinas de escrever e seus corpos semi despertos
A descrever o que as árvores lhes mostram
No encantatório inebriante mundo para lá do racional.