Urubu Cultural

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

As faculdades

Domino os cinco sentidos, como um lavrador colhe trigos, do manancial que deverá servir à sua esposa, no dia vinte e cindo de abril, sem cantil. «Que lhe valha...». Ninguém mexe uma palha nesse sentido, no sentido de ajudar o agricultor, a colher o seu pudor.
O padre de colher em punho, banqueteia-se com o javali que o agricultor colheu, invariavelmente com medronhos e aguardente (daquela que a gente sente, quando investem na garganta, como um traficante de tabaco falsificado, que canta um falso fado, nas tabernas da minha vila). Perto da minha filha, adormece o cadáver do que já foi, João Costa Pereira, morreu numa noite, de caganeira. Sem pereira, deixava passar todos os que lhe faziam mal, (não lhes queria mal, e era amável sem parar) quando podia ele parar então? Se tinha o coração a sangrar, e não parava de chorar pelos pecados do mundo, e da humanidade?
Expliquem-me o brilho de uma caneta, e dir-vos-ei porque se chama o meu burro Joana. E porque lhe bato com uma cana, pela manhã, sem usar uma vez sequer, um bonito soutien. Sorriem, para que lhes façam filhos, na velha Bastilha Alemã, sem que a pastilha de hortelã, se extinga, numa seringa de um braço drogado, com sulfamidas de sabão. Que sabem vocês da vida do Zé Boga? Que atire a primeira pedra, quem nunca jogou nenhuma.

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