Urubu Cultural

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dino Meira XXI


De Marte até à Terra, o imigrante Terrestre, vai dizendo para a patroa, cada vez estou mais feliz, já cá estamos outra vez. Se desse para cá viver, se desse para cá morar, ai se soubesse! Ai se soubesse! Ficava no meu planeta se a vida cá melhorasse, ai se soubesse, ai se soubesse… Não voltava para Marte, ai que saudades das festas e romarias, dos meus amigos que um dia cá deixei. Porque lá fora as amizades são estranhas, há bem poucas alegrias, para quem tanto trabalhou. Volto para lá, regresso para cá e ando sempre nisto, para saber o que isto dá; dança-se o bailinho corridinho e o malhão... Olha, ao menos isso, para alegrar o coração! Ai que saudades: dum cozido à Terrestre, duma febra sobre a mesa, caldo verde a fumegar; porque em Marte, estando frio estando vento, traz a noite pensamentos, saudades do teu lugar. Se desse para cá viver, se desse para cá morar… Ai se soubesse, ai se soubesse…

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