“Nada muda!”, exclamava,
e a muda nadava,
o seu treinador exaltado,
por demais amofinado.
A muda nadava por temor,
à pancada tinha horror,
que o seu treinador,
não lhe tinha amor.
Era a campeã dos para-olímpicos,
só perdendo para os paralíticos,
tinha braços musculados,
e cantava belos fados.
Não era muito bela,
mas nadava qual gazela,
tinha celulite,
e conjuntivite.
Porque hei-de continuar?
Com a sociedade a mudar,
vou já mas é parar,
preciso de abrandar.
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