Urubu Cultural

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quinta-feira, 1 de julho de 2010

A minha pátria é a desgraça


Situações ligeiras, mesmo que passageiras,
Papagueiam pinguins psitacídeos,
Dentro de mim e do delfim,

Desventurosos ventres da minha desilusão,
Vertiginosos caldos Knorr
De um sentimento que nunca morre.
Contudo abstracto.
(almocei as amêijoas todas dentro de um prato)
Aberto ao ar cálido de uma madrugada de vento norte.

Abalaram e não avisaram…
Não se faz…

Estremunhado, processo o anátema da vida em Marte,
Que dentro de cinquenta anos estará acessível a toda a Morte.
Escrevo-vos do passado longínquo, meus netinhos
Comedores de sardinha em lata,
Suspirantes de História imemorial,
Terrível, mas entusiasmante, certamente,
Se entre nós não se der catastrófico acidente,
Incidente de percurso nas linhas de tuas mãos,
Lívidas de desejos desnorteados, afagantes de tudo
Quanto é belo, no corpo esquivo de um crocodilo
Disfarçado de esquilo ou panda dançarino,
Que de pandeireta, me governa o destino, assassino,
Ou seja, fumador de haxixe.

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