Urubu Cultural

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Clemente, o gato zarolho (ou sem um olho)


Fundes-te com a matéria,
Matreiramente curvilíneo.
Clemente, és um gato altamente!

Vamos embora, antes que alguém nos veja, e nos tente,
Ò Clemente.
 Tende piedade, sede caridoso; pois o roedor
(que és incapaz de roer…)
Também sente, ò Clemente.

Sempre apreciaste o teu nome de papa,
Que a mulata te fazia na cozinha,
Envergando singela cuequinha.

Até que um dia, acidentalmente,
Te vazaram o olho, Clemente;
Ofereceste o outro e não to quiseram,
Mas que gente!

É assim que elogio o gato Clemente,
Que como filho de boa gente,
TAMBÉM SENTE!
(em particular, quando literalmente, lhe chegam a roupa ao pêlo.)

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