Na madrugada de ar rarefeito
Os veementes uivos
Trauteiam ribombos
Em melodiosos rumorejos;
E é quando a grande névoa
De tolhido mistério
Se insurge galopante
Pelas retorcidas colinas da metrópole,
Que espessas legiões de noitibós
Levitam em sumptuosos passos;
Eis que na nébula secreta
Uma silhueta sombria
De dispersas e indescritíveis percepções;
Uma fêmea de envoltos odores
De esquisita beleza
Negros cabelos em cinza;
Volátil e descalça,
Parece que acaricia a alma.
Os dedos férteis firmam as carnes adoentadas,
Em estranho aviso de anunciada verdade
Aproximam-se agora augúrios pestilentos
Turvos em mantos de perversos declínios;
Uma fêmea de envoltos odores
De esquisita beleza
Negros cabelos em cinza;
Os noitibós em desesperante pipilar,
Gracejam horripilantes presságios
Sob os desgostosos céus de deslustradas colorações;
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