Vestida eu, toda de branco,
Trocámos nossas alianças,
(o amor é assim, não se aguenta!)
Graças ao empréstimo do banco,
Pois andavas mal de finanças.
Com a vinda de nosso filhinho
Sérgio, em tua honra baptizado,
Entregaste-te, de todo, ao vinho,
Que fez de ti um celerado.
Quando o Benfica perdia,
Socavas-me qual poste,
Gritava, chorava e gania,
Batias-me com o cinto Lacoste.
Pelo raiar da alvorada,
Pedias perdão... Eu, maltratada
Dizia, de olho à Belenenses:
“Gosto de ti, não penses!”
Batia por ti meu coração,
Com a mesma energia,
Com que tua áspera mão,
Quotidianamente me agredia.
Despediste-te na cozinha,
Ias comprar SG Gigante,
Para sempre desapareceste,
Partiste como emigrante,
Disse-me nossa vizinha.
wunderbar este poema. bem sabes que não jogo a palavra wunderbar levianamente
ResponderEliminarEh pah... já o povo diz «quanto mais me bates, mais gosto de ti!". É evidente que o gajo tinha que ser um benfiquista, que vestia roupa Lacoste, senão estas cenas nunca se teriam passado!
ResponderEliminar